LDB- Educacional

 

LEI 9394/96  – A Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional é uma lei criada desde 1971 e que foi realmente reconhecida como tal em 1996 no Governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso. A LDB só veio acrescentar informações e obrigatoriedades de extrema importância na educação do Brasil, pois de acordo com ela, a educação é um direito de todos e as crianças precisam ter acesso ao ensino desde os primeiros anos de vida, com a inclusão dessas em creches e em pré-escolas.

De acordo com essa lei as escolas precisam ter oitocentas horas na carga horária, que devem ser distribuídas no decorrer do ano letivo. Essa carga horária deve ser respeitada e utilizada de forma a alimentar com conhecimento todos os alunos, independente da escola ser pública o particular. A educação precisa ser vista como uma condição na preparação dos jovens não só para o mercado de trabalho mas para sua vivência dentro da sociedade.

A lei que foi recentemente reformulada e traz informações importantes referente aos currículos, avaliações para ingresso no ensino superior, participação dos professores na educação e integração do aluno na sociedade, ensino a distância, sistema estadual de ensino e sistema municipal de ensino e muitas outras informações que vale a pena conferir.

LDB ATUALIZADA 2011 MEC – LDB ATUALIZADA E COMENTADA EM PDF  – Se você ficou curioso para entender um pouco mais sobre essa atualização LDB 2011 e quer vê-la comentada, Baixe e leia atentamente todos os tópicos da lei em um arquivo pdf disponível aqui. A LDB atualizada também se preocupa no tempo de permanência do aluno no espaço escolar e a diminuição do tempo de sua vida na escola por motivo de repetência. O ideal seria que as escolas adotassem o sistema de período integral, onde os alunos possam estudar no período da manhã, almoçar na escola e a tarde ter atividades extra curriculares, tais como esportes, aulas de artesanato, línguas estrangeiras, aulas de reforço e outras atividades que farão parte da formação desse estudante.

Conceitualização de História

Ao tratarmos a conceituação de historia podemos perceber a partir de koseleck em seu livro “futuro passado contribuição à semântica dos tempos históricos” que o conceito de história muda na sociedade através dos tempos.  Reinhart Koselleck  mostra que  o conceito de história que surgiu na antiguidade predomina até o século XVIII que é a historia Magistra Vitae ou historia mestra da vida que fora apresentada por Cícero na oratória, era um entendimento que se chegava a imortalidade da historia pois, era tida como instrução para posteridade da vida humana. Essa historia tida como mestra da vida na historiografia cristã leva como significado a experiência que os homens vai seguir como modelo, e esse conceito predomina até o século XVIII.

Essa conceituação de magistra vitae se rompe a partir do iluminismo no qual se propõe uma nova forma de pensar a sociedade nessa idéia de ciência que passa a ter  a historia como algo novo como o que ela realmente é um olhar de “ a história em si”. Existe essa ruptura com o iluminismo por que se inaugura um novo tempo que trás a idéia de aceleração temporal, pois antes se tem um período de viver a experiência do outro. Nota-se que anterior ao século XVIII há a sucessão de governantes e dinastias, que a partir da revolução francesa o tipo de governo e de mentalidade vai mudando, pois o que passa a determinar é a categoria de progresso no sentido de que não se tem mais que olhar a experiências do passado para não errar, pois agora o futuro e que importa. A partir desse novo tempo Koselleck coloca que continuamos vivendo a idéia do presente contínuo, pois o passado nem sempre é bom ele tem que ser superado e não vivido novamente, é essa idéia de devir histórico.

Após a revolução francesa a história passa a ser o sujeito, ela passa ser a historia em si, num sentido de coletivo singular nos quais vários fatos vão se concentrar num único conhecimento que é a própria história num sentido de novo tempo. Assim como muda o conceito de história o objeto da história se transforma surgindo assim o conceito de explicação histórica, os fatos passam a ter um elo de ligamento no qual se utilizam de métodos. A história nesse sentido caminha para algo que trás o progresso e o esclarecimento no qual os positivistas entenderam como superação do metafísico para o científico. A filosofia da historia passa a se preocupar com os fatos isolados, busca a singularidade dos processos históricos no qual se pode determinar um tempo histórico.

 Nessa idéia de progresso a história singular, perde a capacidade de ensinar, deixa de ser o exemplo e passa a ser julgado em prol do progresso, tomamos com exemplo o tempo que se destitui do tempo natural e passa a ser contado mecanicamente nesse sentido de progresso tecnológico. Nesse sentido a função da história não deixa de olhar as experiências do passado, o que ela faz agora e um questionamento. A função da história passa a ser daquela que tem o papel de trazer uma explicação, uma lógica para os acontecimentos do passado, mostrando que há uma constante ruptura que trás o progresso que leva a novas experiências que transmite horizontes de expectativas que se identificam como futuro. Então é um passado superado em favor do futuro.

Essa nova história busca a verdade, mas é uma verdade que pode ser errada por conta de uma subjetividade ou um interesse. Ela busca novas fontes, segue métodos. E a partir desse novo conceito de historia se tem a idéia de especialização de história, no qual o historiador passa a buscar um lugar a partir dos métodos e de seu referencial. Surge o historicismo e a história metódica, passa-se a ter a junção entre o relato dos fatos e do acontecimento, interrelação entre os espaços, institucionalização da historia que recebe seu sentido fragmentado e determinação de uma lógica de processos históricos.

Jutamente com a história a modernidade também sofre mudanças não apenas no seu sentido mental como também temporal. Berman vai conceitualizar modernidade como experiência de tempo e espaço que tem como causa as novas mentalidades no que diz respeito às novas formas que a sociedade passa a ter que vai desde um caráter social, econômico até o político. E os rumos que se tem no o avanço técnico e cientifico na consolidação de uma extrutura burocrática dos estados nacionais, é a globalização que vai se estabelecendo com o aumento demográfico, que em suas fases acarretam mudanças sociais no qual se exemplificam com pensadores como Rosesseaw, Marx, Nietzche.

 

Berman coloca três conceitos para trabalhar a modernidade: o primeiro é a modernidade que ele vai designar como as experiências vitais, que estão ocorrendo nesse novo mundo que vai se estabelecendo, segundo é o modernismo que reflete sobre a modernização no campo das artes, da filosofia e da ciência e terceiro a modernização que é  os processos sociais e econômicos que se vão desencadear nesse processo.

A modernidade, segundo Berman, pode ser compreendida enquanto um modo de vida, uma experiência vital de tempo e espaço de si mesmo e dos outros, das obter possibilidades e perigos da vida, o que nos remete a conceituação de historia do velho topos e novo topos de Koselleck. A modernidade e o desenvolvimento que permitiu expectativas de ampliação dos horizontes ao mesmo tempo em que fez tudo que era regra se desmanchar, fez ocorrer mudanças até mesmo no imaginario, que obteve quebra de paradigmas. Segundo o Berman a modernidade é o estado de coisas criadas num processo em que estava se estabelecendo o capitalismo, é um produto da ascensão da e revoluções da burguesia, a classe que aniquilou velhas tradições e instituições sociais, abriu possibilidade tanto na capacidade de produção como para o desenvolvimento humano. A modernidade é uma revolução contínua que trás diferenciações sociais produzindo uma separação de desenvolvimento individual e social humano. Então assim percebe-se que para Berman sem o capitalismo a modernidade deixaria de ser modernidade, por isso ele usa Marx em grande parte de seu texto, esclarecendo que para o autor modernidade não é sinônimo de capitalismo, são apenas dois processos que se entrecruzam em determinados momentos que se ocorrem no mesmo tempo.

Joseph Berman divide a modernidade em três fases: na primeira tem uma periodização que vai do século XVI até o fim do século XVIII, no qual as pessoas estão apenas começando a experimentar essas mudanças às vezes imperceptíveis aos seus olhares, mal fazem idéia do que esta acontecendo ao seu redor. Construída ainda no renascimento como forma de contrapor a idade média e que se funda um novo tempo que se estabelece com um período de transição, o pensador que Berman menciona a está fase é Rousseau que foi o primeiro a usar a palavra moderniste, porém no sentido que a palavra trás no século XIX e XX, ele percebeu essas mudanças que começaram a moldar a vida dos contemporâneos à época, ele percebeu que o vinculo familiar e de religião estavam se alterando estabelecendo conflitos na sociedade que antes denominava “sem perspectivas de mudança”.

A segunda fase se estabelece coma revolução francesa no século XVIII até o século XIV e Berman trabalha com dois pensadores: Marx e Nietzsche. Um período de grandes ondas revolucionarias que começa coma revolução francesa e suas influências, ganha vida de maneira trágica com um numero grande de pessoas que tomaram para si suas dores dando esse sentimento de viver em uma época revolucionaria para conquistar o inconquistável. Então nessa fase as pessoas compartilham o momento que vêem rupturas, vêem acelerações mas que ainda não romperam com o passado, mas que não se têm a certeza do que virá no futuro.

Na terceira fase o processo de modernização se expande a ponto de abarcar o mundo todo não se centralizando em alguns lugares específicos, conseguindo alguns triunfos como nas artes e na mentalidade individual. Essa fase se afirma no século XX em que se tem uma expansão do modernismo no sentido de que tudo que e moderno leva uma fragmentação, perde o contato com as raízes do conceito de modernidade que trás a criticidade.

Então fazer uma analise do que é historia e modernidade e o que esses conceitos nos remete a frase de Berman: “tudo que é solido se desmancha no ar”.

Um pouco sobre África antiga!!

Introdução à História da Civilização: O Reino de Koya, Temne Koya ou Temne Unido (1505-1896)

 

 

O reino de Koya foi um estado Africano  pré-colonial  no norte da atual Serra Leoa fundado pelo grupo étnico Temne ou por imigrantes do norte em torno de 1505 em busca de comércio com o litoral Português, no sul.  Sua capital era no Cabo Monte no que hoje é moderna Libéria 

O reino foi governado por um rei chamado Bai Ou Obai e tinha sub-reinos que era governados por nobres intitulado de  “Gbana” que mantiveram relações diplomáticas com os britânicos e franceses no século XVIII, pois os filhos dos nobres podiam buscar ensinos ocidentais no exterior. Koya também tinha negócios com os Estados islâmicos ao norte e também tevemuçulmanos dentro de suas fronteiras.

                Koya participou do comércio transatlântico de escravos que faziam negociações na costa de Koya, às vezes, mesmo contra a vontade do Reino.
Entre 1801 a 1807, Koya lutou contra os colonizadores britânicos e Susu perdendo o litoral norte de Serra Leoa para os britânicos e Port Loko para Susu, no entanto, eles mantiveram o poder na região. Em 1815, os Temne lutaram uma guerra contra Susu e recuperou Port Loko. Em 1841, os Temne derrotaram a tribo Loko de Kasona no Rio Mabaole e em seguida
dispersou muitas das pessoas

 em resposta a um bombardeio britânico, o reino expulsou os Sociedade Missionária da Igreja missionários que operam em Magbela em 1860.  Em 1860 em resposta a um ataque britânico, o Reino expulsou os missionários que trabalhavam em Magbela.

O reino tornou-se um protetorado britânico em 31 de agosto de 1896 depois que os reis de Koya perderam praticamente todo o poder. As revoltas dos Temne e Mende, em 1898 foram ferozes, mas inúteis. Os britânicos governam a área do antigo reino até 1961.

A história das mulheres no Brasil do período colonial

A história das mulheres no Brasil do período colonial

Sarah de Sousa Alves

*graduanda em historia

 

Resumo

O presente artigo trás a temática da historia das mulheres no Brasil do período colonial, expondo qual era a sua significância para época, abordando temas como a maternidade como ela era vivenciada, o que significava ser mãe, o que as mães faziam com seus filhos indesejáveis e por quais motivos faziam isso, aborda também como elas eram vista, e como era a educação feminina no Brasil.

Palavras chaves: colônia, mulher, maternidade, pecadora, educação.

 

Abstract

This article studies the history of women in colonial Brazil, exposing what was it’s significance for the time, covering topics such as motherhood as it was lived, what it meant to be a mother, what mothers did to their sons and undesirable what reasons did so, it looks like they were also seen, and as was female education in Brazil.

 

Keywords: Cologne, women, maternity, sinful, education

 

 

 

 

 

 

Introdução

As mulheres do período colonial enfrentavam grandes descriminações, por conta destas discriminações que eram praticadas por uma sociedade machista, elas eram vista como quase nada, eram vistas como meras donas de casa, objetos de desejos sexuais, e que não possuía inteligência o suficiente para estudar, as negras e índias eram as mais vistas como símbolo do pecado dos colonos pois, eram lindas e tinha liberdades que as colonas não possuíam.

O olhar masculino reservava às mulheres imagens diferentes, sendo em determinados momentos um ser frágil, vitimizado e santo, e, em outros, uma mulher forte, perigosa e pecadora. Essas características levaram a dois papéis14 impostos às mulheres: o de Eva, que servia para denegrir a imagem da mulher por ele maculada; e o de Maria, santa mãe zelosa e obediente, que deveria ser alcançado por toda mulher honrada.

 

A maternidade no Brasil colônia

 

Pensar a história da maternidade na colônia significa examinar a condição feminina no que diz respeito às funções das mulheres nas relações familiares e conjugais no período colonial, significa tentar entender como a maternidade era vivenciada, e quais os aspectos e problemas deste período que estão presentes até hoje no século XXI.

Assim como em Portugal a igreja teve grandes influências no Brasil colonial. A igreja tinha no matrimonio a base familiar, e a serviço do Estado, impôs algumas normas. Dentro dessas normas estava a de conduta, no qual o marido e a esposa tinham algumas obrigações dentro do casamento. A mulher estava restrita aos afazeres domésticos e o homem tinha o papel de ser o provedor do lar.

As mulheres de elite eram submissas e dedicadas apenas aos seus lares, já as mulheres mais pobres, geralmente precisavam trabalhar, pois nem todas tinham marido, trabalhavam, pois precisavam ajudar nas despesas. A maioria dos lares era de famílias pequenas. “a realidade colonial era de lares pequenos e famílias com estruturas simplificadas”. (DEL PRIORE, 1993. P.46).

Era comum a existência de mães solteiras, que geralmente eram enganadas por falsas promessas e muitas vezas eram abusadas sexualmente. Essas eram humilhadas, abandonadas, descriminada pela sociedade, “como auto sacrificadas, submissas sexualmente e materialmente reclusas, a imagem da mulher de elite se opõe a promiscuidade e à lascívia da mulher de classe subalterna, em regra mulata ou índia”.  (DEL PRIORE, 1993.p.46).

Não muito diferente de hoje assim como ocorreu na colônia onde a maioria das mulheres pobres viviam sem marido ou tinham companheiros estáveis, no Brasil hoje isso e muito comum de se encontrar sobre tudo em lugares mais humildes, e mais muitas das crianças dessas mulheres do período colonial  eram criadas por outras famílias geral mente por conta das mães não ter condição, ou por uma possível descoberta de o pai ser pai de outra família.

Também na colônia era comum as relações concubinárias “a igreja apertava o cerco em torno das formas não sacramentadas de convívio.”(DEL PRIORE, 1993.p.50) como mostra  Del Priore a igreja não concordava com tal condição. Essa relação concubinária, trás até hoje nas famílias mais tradicionais preconceitos principalmente em relação as mulheres que topam viver com um homem sem  a aliança do matrimônio.

Como o homem em grande parte era ausente, essa ausência trouxe algumas conseqüências: as mulheres passaram a ser chefes de suas casas e famílias, eram obrigadas a enfrentarem os problemas sozinhos. Por conta desses problemas muitas preferiam casar até sem amor, pois ter uma família segura significava que tinha que ter um marido provedor, ou seja, não passar por tais dificuldades.

Para muitas mães desprotegidas por não ter uma relação matrimonial os filhos não significava uma “benção”, uma alegria, o filho era tido como um peso, como mais uma boca para alimentar. Por conta desses fatores muitas mulheres preferiam abortar, abandonar ou até cometer infanticídios. Então podemos notar que no Brasil, o abandono de bebes vem desde aera colonial, quando era comum encontrar bebes largados em ruas, em becos, em portas de casas, até no lixo havia possibilidade de alguém recolher uma criança e criar. O abandono de bebes muitas vezes era para preservar a honra de moças de família e era também pela falta de recursos para criar mais um filho. Eram vários os fatores que faziam com que as crianças nascessem e ficassem sem mãe, ou até nem chegassem a nascer. Hoje em dia essa desordem do poder público que muitas vezes não distribuem preservativos e vacinas fazem com que muitas mulheres tenham filhos indesejáveis e se vêem obrigadas a não ter eles ou a dar para os outros criarem.

Podemos dizer que no Brasil colonial não tinha meios de preservação igual a hoje, mas o que adianta hoje ter tanta informação se muitos não recebem de graça essa proteção? Quantas mulheres que não tem acesso a essa informação tem mais de Dez filhos e não sabe nem por onde andam?

No Brasil parece que assistimos as praticas de infanticídio, e de abandono, do Brasil colônia. É preciso resolver o problema da exclusão social e ter uma melhor política de prevenção de gravidez e controle de natalidade.

Doença, morte, rejeição, pobreza da mãe são fatores determinantes na entrega de um bebe para cuidados institucionais.

A pesar dessa preocupação das campanhas algumas instituições tem se preocupado com o crescente números de nenéns, maternidade sempre foi algo preocupante para as autoridades civis e eclesiásticas, visto o crescente números de mulheres férteis na colônia  e o crescente números de bebes  abandonados pelas ruas e casa de pessoas importantes na administração do Brasil é que entra o surgimento das santas casa de misericórdias. Esses hospitais que eram da igreja católica se tornam públicos com o apoio das autoridades locais, e o local onde colocavam as crianças abandonadas tornou parte integrante dele.

As mães que abandonavam recém nascidos tinham seus motivos, geralmente isso poderia ser um ato de amor: por conta da fome, a criança poderia ser filho de escravo e para obter a liberdade de seus filhos eles os abandonavam. Mas também poderia ser um ato de crueldade, como a vergonha de ter cometido adultério, ou ser mãe solteira.

Com as mães escravas a situação era ainda pior do que com as mães que apenas eram pobres, pois a maioria das escravas estavam associadas a exploração sexual , que era praticada por feitores  e senhores. Isso resultava a indignação da mulher e resultava também que os filhos na maioria das vezes não eram reconhecidos por seu pai.

“um filho ilegítimo (de mulheres negras e mestiças) não desonrava a mãe no mesmo grau de uma mulher branca.” (DEL PRIORE, 1989.p.198) então “o modelo patriarcal que contrapõe o recato da mulher branca à promiscuidade das escravas é uma grosseira simplificação da realidade (DEL PRIORE, 1989. P.199)

 

A mulher o símbolo do pecado, o símbolo da relação entre o sagrado e o profano.

 

A mulher colonial independentemente da cor, nação ou classe social era vista como a origem de todos os males, elas eram tidas como as portas do inferno. Elas eram tão descriminadas, por ser uma sociedade machista que Emanuel Araujo diz que a própria medicina não conhecia o corpo feminino e tudo que acontecia com as mulheres era atribuído a demônios que viviam em seus corpos fazendo-as padecer de cólicas, e de dores do parto.

A mentalidade colonial advinda de Portugal era que as mulheres tinham que sempre submetesse e estar sujeitas aos maridos, como eram muito cristão eles tratavam as mulheres conforme o apostolo Paulo havia escrito em sua carta a efésios (5: 22-24 )

“as mulheres estejam sujeitos aos seus maridos, como ao Senhor, porque o homem é cabeça da mulher assim como Cristo é cabeça da igreja… como a igreja está sujeita a Cristo estejam as mulheres sujeitas aos seus maridos. O marido era portanto o representante de Cristo no lar”. (EMANUEL ARAUJO, 1993.p.193)

 

Para o padre Antonio Vieira a mulher era símbolo do pecado pois Eva era apenas uma mulher e foi capaz de fazer a cabeça do homem, ele fala que o mundo está cheio de mulheres devassa.Algumas das mulheres era associada ao mal, por conta de serem a imagem de Eva, a mulher era feiticeiras,

“As mulheres são piores do que as serpentes, maldosas e maliciosas; depois “são por natureza mais impressionáveis e mais propensas a receberem a influencia do espírito descorporificado”… a mulher é mais carnal do que o homem, o que se evidência pelas suas muitas abominações carnais”. (EMANUEL ARAUJO, 1993.p.200)

 

“recato, humildade e continência eram exigidas da mulher com mais rigor na sociedade patriarcal, mas essa virtude cobrava-as de todas as igrejas.” (EMANUEL ARAUJO, 1993.p.213) a igreja intervia em todas as ações familiares até o ato sexual, para igreja era apenas para reprodução não para satisfação ou prazer, se caso as mulheres tivessem relação sexual que não fosse com esse fim ela era considerada pecadora das mais negadas por Cristo.

Fazer sexo sem o objetivo colocado pela igreja era tido como pecado de luxuria e fornicação.

A mulher era símbolo do pecado também pelo fator do concubinato “ o concubinato ou amancebamento consiste em uma ilícita conservação do homem com mulher continuada por tempos consideráveis. (EMANUEL ARAUJO, 1993.p.238).

Algumas mulheres não comprometidas não se mantinham em castidade sexual, elas eram sedutoras, cometiam atos homossexuais , até com padres tinham relações ilícitas e as mantinham discretamente “ a vizinhança já sabia: quando um clérigo aparecia repentinamente como padrinho dos filhos de uma mesma mãe solteira, não havia duvida de ele ser o pai ‘desconhecido’ de sés afilhados (EMANUEL ARAUJO, 1993.p.246).

Nos séculos XVI e XVII a luxuria e o desejo eram argumentos suficientes para a condenação humana.

As índias belas e lindas viviam despidas e sem a preocupação de estar nua, com sua nudez chamava a atenção dos recém chegados ao Brasil , para a igreja na nudez consistia o pecado, e para os profanos essa nudez era uma maravilha pois eles estavam reduntos por sexo, por serem poucas as portuguesas que desembarcaram no Brasil. Em uma carta a Pero Vaz de Caminha ao Rei Dom Manuelele diz:

[…] ali andava entre eles três ou quatro moças, bem moças e bem gentis, com cabelos muito pretos, cumpridos pelas espáduas, e suas vergonhas tão altas, tão acerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as muito bem em olharmos, não tínhamos nenhuma vergonha… E certo era tão bem feita, e tão redonda, e sua vergonha (que ela não tinha) tão graciosa que muitas mulheres da nossa terra vendo- lhes tais funções, fizera vergonha, por não terem a sua como ela.[…].

 

Por ter uma educação cristã onde a nudez era considerada pecado tal desejo dos colonos pelas índias trazia-lhes sentimento de culpa, pois elas com a sua beleza os seduziam. Os índios com costumes sexuais livres estimulavam os colonos a praticarem atos sexuais com as índias.

Nota-se que com os costumes liberais indígenas e a vontade de fazer sexo dos colonos pode partir daí o favorecimento das praticas sexuais na colônia pelo qual, como notamos, era extremamente abominado pela igreja.

Assim como as índias as negras também eram mulheres extremamente lindas que favoreciam a relação extra conjugal e favoreceu a miscigenação das raças que compõe o Brasil. Apartir do “pecado” de muitas mulheres que seduziam os “santinhos homens puros” o Brasil é essa mistura de cores.

Muitas pessoas em pleno século XXI não deixou de ter a mulher como depravada, como símbolo do pecado, como a única culpada por praticas sexuais pecaminosas, assim como elas eram vista como objeto sexual, ainda existem desprovidos de informação, e que não percebem que o papel delas mudou e que elas adquiriram espaço decisivo na sociedade, que pensa que o lugar da mulher e só dentro de casa passando, fazendo comida, lavando e cuidando  de menino, ou na prostituição se vendendo para eles.

 

Educação feminina no Brasil colonial

 

O letramento, a instrução e acultura quase sempre inexistiram no Brasil colonial para a maioria dos habitantes da colônia. A educação pedagógica era coerciva, baseada da ação bruta da obediência severa. Os colonos portugueses não trouxeram suas famílias e consequentemente achavam que não tinha o porque trazer educação para a colônia, o que eles queriam era apenas estabelecer negócios com a empresa colonizadora. Podemos notar que basicamente não tinha educação feminina.

No período colonial a mulher era vista como um ser inferior de propriedade do homem, a ela cabia apenas os afazeres domésticos. As mulheres para a sociedade masculina não tinha a necessidade de saber ler ou fazer conta, pois a elas cabia apenas a função de limpar, cozinhar e lavar as que tinham oportunidade de aprender e porque prestavam serviços de interesse dos homens: aprendiam a lhe dar com comércio e aprendia a ler para ensinar os filhos dos senhorzinhos.

 

Conclusão

 

Podemos perceber que o período colonial do Brasil gerou a formação de uma sociedade, na qual a mulher significava quase nada, e com isso sua imagem foi afetada durante muitas décadas, vemos que até hoje as mulheres são Caçoadas com sua condição de ser mais frágil. Vimos que elas eram vistas em segundo plano na sociedade colonial. Notamos que a indisciplina sexual estava presente na colônia, pois muitos homens periferia as belas índias e escravas do que suas próprias mulheres que eram brancas. Concluímos que as mulheres no Brasil colônia eram tão desvalorizadas que mesmo os das classes sociais alta tinham pouco acesso à educação, no Maximo o que poderia tornar-se era professoras e sem os estudos adequados, e também sendo inferior a educação dirigida aos homens.

Do Brasil colonial para cá muitas coisas tem mudado em relação as mulheres isso não significa que não deve continuar mudando, logicamente precisam mudar muitas coisas um exemplo disso e o salário feminino que ainda é inferior ao salário recebido por homens de uma mesma profissão.

 

 

Bibliografia

ARAÚJO, Emanuel. O Teatro dos Vícios: transgreção e transigência na sociedade urbana colonial. Rio de Janeiro: Jose Olimpio,1993.

FREYRE, Gilberto. Sobrados e Mucambos: decadência do patriarcado rural e desenvolvimento do urbano. S. Ed. Rio de Janeiro: Olympio INL, 1977.

LAJOLO, Marisa; ZILBERMAN, Regina. A formação da leitura no Brasil. São Paulo: Ática,1996. (Series Temas, 58)

DEL PRIORE, Mary (Org.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto; Editora UNESP, 1997.

 

RIBEIRO, Arilda Inês Miranda. Mulheres educadas na colônia. In: LOPES, Eliane (Org.).

500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

In: WWW.unibero.edu.br aces

O USO DE TECNOLOGIA EM SALA DE AULA

 

Relatório Metodológico TIC educação 2010

Limitações percebidas para o uso das tecnologias na escola

Essa pesquisa mostra as perspectivas dos educadores e coordenadores de escolas de todas as regiões do Brasil, mostrando o que leva muitas escolas a não aderirem o uso das tecnologias, quais as dificuldades enfrentadas nas escolas referentes ao uso das TICs.                    Segundo a pesquisa pode- se perceber que muitos professores estão atrás dos alunos no que diz respeito ao uso de computadores. Dentro de um a cada quatro professores não entende o suficiente, para o uso em sala de aula, mas afirmam que conhece as tecnologias em atividades de ensino e aprendizagem. A grande maioria dos professores pesquisados concorda em parte que os alunos sabem mais de computadores do que seus mestres, discordam totalmente que com a internet os alunos acabam ficando sobrecarregados de informação, mesmo porque a internet e os computadores podem facilitar os estudos. 29% dos professores discordam da não confiança na internet, sendo que 28% a acham totalmente útil. Segundo os professores pesquisados a maioria dos professores discorda totalmente da idéia de que a internet faz com que os alunos percam contato com a realidade, e a grande maioria já aceitam que muitas vezes elas são mais eficazes do que os métodos tradicionais.

A grande maioria dos professores diz que sabem utilizar as TICs em sala de aula e que não tem receio nenhum para utilizar a internet e computadores revelando assim que possui confiança em sua capacidade para o uso de tais tecnologias, até mesmo porque a maioria das atividades dos professores inseridos nos sistemas atuais de educação necessita mesmo que seja o mínimo possível ter um domínio mínimo de equipamentos informáticos, e isso leva os professores principalmente de redes pública a pensar que sabem o suficiente para atender as necessidades da prática em sala de aula.

 Segundo o artigo é pequena a parcela de educadores que manifestam abertamente resistência ao avanço das tecnologias na educação, poucos são os professores que se dizem leigos no uso de tecnologias em sala de aula, eles dizem que as dificuldades estão na questão da limitação da infra-estrutura, no que diz respeito ao numero pequeno de computadores nas escolas, falta de laboratórios de informática, e na questão também da falta de tempo para preparar uma aula com a utilização de tecnologia. As reclamações também incluem falta de apoio pedagógico, pressão para conseguir boa avaliação de desempenho e os currículos que são muito rígidos.

Os educando admitem que o uso das tecnologias em sala de aula trazem muitos benefícios, que dentre eles estão: a adoção de materiais mais diversificados e de melhor qualidade, adoção de novos métodos de ensino e fazem com que os educadores se tornem mais eficazes, apesar do uso das TICs ainda se mostrar num estagio inicial.

O uso das tecnologias nas escolas busca garantir que a comunidade escolar tenha acesso a infraestrutura tecnológica de boa qualidade e que possa desenvolver o uso de pedagogia dessas ferramentas. Para que isso ocorra e preciso observar que o ambiente escolar como um todo assim como a liderança da escola são fatores fundamentais para a integração das tecnologias à educação.

Na visão dos gestores falta apoio pedagógico para aprimorar o uso de computadores e internet nas atividades escolares assim como falta suporte técnico e aspectos de infraestrutura. Não é apenas uma questão dos professores para que o sistema digitalizado ganhe espaço cada vez maior é preciso mudanças de paradigmas do sistema educacional, para inclusão da escola na cultura digital.

A Consciência Histórica

O conceito de consciência histórica, discutido filosoficamente por Jörn Rüsen, relaciona-se com a necessidade de orientação temporal do ser humano e distingue-se de uma simples resposta de senso comum às exigências práticas baseadas exclusivamente em sentimentos de identidade

Assim, entende-se a  consciência histórica como uma atitude de orientação de cada pessoa no seu tempo, sustentada reflectidamente pelo conhecimento da História. Distingue-se de uma simples resposta de senso comum às exigências práticas dessa mesma orientação temporal, baseada exclusivamente em sentimentos de pertença – de identidade local, nacional, profissional ou outra.

Parte-se da preocupação de  que a aprendizagem histórica não está localizada no interior das  discussões que levam em consideração teorias mais generalizantes sobre a aprendizagem, comuns na pedagogia e psicologia, mas orienta-se a discussão dos seus pressupostos para a própria ciência de referência, a História.

Schmidt dialoga com o historiador e filósofo da história Jörn Rüsen para explicitar como seria um aprendizado histórico pautado na ciência da História. Aqui utilizaremos além do  texto da autora, também os próprios textos de Rüsen. Em Aprendizado  Histórico Rüsen, (2010) o autor aponta a necessidade de que a aprendizagem seja refletida de acordo com as especificidades da própria história.  De acordo com suas idéias, o aprendizado histórico ocorre quando se deixa de apenas adquirir e acumular os conhecimentos históricos já produzidos e sistematizados e se passa a elaborar perguntas, indagar sobre o passado, a partir do presente, em relação aos conhecimentos históricos acumulados, e tal processo efetiva-se por motivações da vida prática, ou seja, relacionadas à experiência do passado e ao horizonte de expectativa do futuro.